No dia 26 de Julho a Igreja celebra São Joaquim e Santa Ana (ou Sant’Ana) pais de Nossa Senhora e avós de Jesus Cristo. Modelo dos idosos e padroeiros dos avós. Por esta razão, o dia 26 é conhecido como “O DIA DOS AVÓS”
Desde os primeiros séculos, a mãe da Santíssima Virgem Maria foi venerada na Igreja Oriental. Na liturgia romana a festa foi introduzida no século XII, propagada pelas cruzadas, e teve o apogeu nos séculos XIV e XV, em correlação com a devoção à Imaculada Conceição de Maria.
Sobre os pais de Maria, não nos dizem nada os evangelhos canônicos. Sobre tal questão, diz muito sutilmente o Padre Luís Francisco de Argentan, capuchinho do século XVII:
Se as grandezas de Maria tiveram o pai e a mãe como fontes, era necessário que aparecessem como primeiros, a fim de que espalhassem os raios da própria glória sobre ela, como o sol comunica a Luz aos astros que o rodeiam; todavia esta ordem é invertida, porque a Santa Virgem recebeu toda a glória de Jesus Cristo, seu Filho e, pois, São Joaquim e Santa Ana receberam muito maior glória da filha, pela qual levam esta incomparável vantagem sobre o resto dos santos, de ser os mais próximos parentes, segundo a carne, do Salvador do mundo, uma vez que são verdadeiramente pai e mãe da Virgem Maria.
Se os quatro inspirados evangelistas não se referiram a Santa Ana e a São Joaquim, não ficaram os pais de Maria, entretanto, totalmente apagados: três evangelhos apócrifos falam dos dois bem-aventurados Santos: o Proto-Evangelho de Tiago, o Evangelho do pseudo-Mateus e o Evangelho da Infância.
Segundo o primeiro deles, cuja composição é olhada como muitíssimo antiga, Joaquim e Ana eram de piedosos e ricos israelitas da tribo de Judá, possuidores de grandes rebanhos. Não tinham filhos, e isto, para os judeus era motivo de ignomínia.
Um dia, Joaquim, que foi ao templo apresentar uma oferenda, viu-a, tristíssimo, ser recusada pelo sacerdote, justamente por causa da esterilidade da esposa. Arrasado pelo sucesso, o bom homem, ao invés de voltar para casa, com os rebanhos buscou a montanha, desesperado. Durante cinco meses, ninguém, nem mesmo a esposa, ouviu falar de Joaquim. Desaparecera, e dele, notícia alguma chegava ao lugar em que vivia.
A dor de Ana foi imensa. Dir-se-ia que enviuvara. Mas, um dia, quando, como de costume, fazia suas preces, um anjo apareceu-lhe, para enchê-la de alegria: Joaquim, muito breve, retornaria, e ambos, novamente juntos, haveriam de ter o que tanto desejavam – um filho.
Joaquim na montanha, também recebeu aquele enviado de Deus, que lhe prometeu a mesma alegria e lhe ordenou que descesse e voltasse para a esposa. Quando o Santo se aproximava, tornou o anjo a visitar Ana, dizendo-lhe que o marido se avizinhava e, pois, fosse-lhe ao encontro, na Porta Dourada.
Ana, deslumbrada, toda numa alegria sem par, deixou a casa correndo e se precipitou nos braços do esposo. Assim, exultando, voltaram para o lar, a bendizer a Deus incessantemente. Nove meses mais tarde, nasceu-lhes uma filha – a qual deram o nome de Maria.
O Cardeal Tarcisio Bertone, em 2007, durante uma homilia na Festa Litúrgica dos Santos Pais de Nossa Senhora disse:
Com efeito, existe mais um aspecto, que gostaria de ressaltar: Santa Ana e São Joaquim podem ser tomados como modelo também pela sua santidade vivida em idade avançada. Em conformidade com uma antiga tradição, eles já eram idosos quando lhes foi confiada a tarefa de dar ao mundo, conservar e educar a Santa Mãe de Deus.
Na Sagrada Escritura, todavia a velhice é circundada de veneração (cf. 2 Mac 6, 23). O justo não pede para ser privado da velhice e do seu peso; ao contrário, ele reza assim: “Vós sois a minha esperança, a minha confiança, Senhor, desde a minha juventude… Agora, na velhice e na decrepitude, não me abandoneis, ó Deus, para que eu narre às gerações a força do vosso braço, o vosso poder a todos os que hão-de vir” (Sl 71 [70], 5-18).
Com a sua própria presença, a pessoa idosa recorda a todos, e de maneira especial aos jovens, que a vida na terra é uma “curva”, com um início e com um fim:São Joaquim e Santa Ana para experimentar a sua plenitude, ela exige a referência a valores não efémeros nem superficiais, mas sólidos e profundos.
Infelizmente, um elevado número de jovens do nosso tempo está orientado para uma concepção da vida em que os valores éticos se tornam cada vez mais superficiais.
O que mais preocupa é o fato de que as famílias se desagregam na medida em que os esposos atingem a idade madura. Pelo contrário, com o tempo deveriam compreender mais a necessidade do amor, da assistência e de compreensão recíproca.
Os idosos que receberam sobretudo uma educação moral sadia deveriam demonstrar, mediante a sua vida e o próprio comportamento no trabalho, a beleza de uma sólida vida moral. Ademais, deveriam manifestar aos jovens a profunda força da fé, que nos foi transmitida pelos nossos mártires, e a beleza da fidelidade às leis divinas da moral conjugal.
Ó São Joaquim e Santa Ana protegei as nossas famílias desde o início promissor até à idade madura repleta dos sofrimentos da vida e amparai-as na fidelidade às promessas solenes.
Acompanhai os idosos que se aproximam do encontro com Deus.
Suavizai a passagem suplicando para aquela hora a presença materna da vossa Filha ditosa a Virgem Maria e do seu Filho divino, Jesus! Amém.
Ajude em nossas campanhas de preservação da família brasileira! Ajude-nos a ajudar.
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