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A Confissão

A Confissão

A importância da Confissão.

Com efeito, lemos na carta aos Hebreus: “Não possuímos morada permanente neste mundo; mas vamos buscando a futura” (Hebr 13, 14).

Imagine que nossa vida seja uma pequena barca. Ela navega rumo à eternidade, nosso porto final. A sorte na eternidade pode ser dupla: feliz no céu ou infeliz no inferno. Tudo depende do estado em que se encontrava minha alma no momento em que a morte me alcançou. Estava em estado de graça com Deus ou em estado de inimizade com o Criador, pelo pecado mortal?

O pecado original é lavado pelo batismo. Os pecados mortais, cometidos depois do batismo, por via normal, são tirados da alma pelo sacramento da Penitência. Daí a imensa importância da confissão sacramental.

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Queres ficar curado?

Certa vez, Jesus estava em Jerusalém, e lá havia uma piscina chamada Betsaida, onde vários enfermos ficam em torno esperando o movimento das águas. De fato, de tempos em tempo, um Anjo de Deus descia e movimentava as águas, e o primeiro que descesse à piscina ficava curado.

Havia ali um homem que há trinta anos estava enfermo. Jesus se aproximou e disse: “Queres ficar curado?” O homem respondeu: “Senhor, não tenho ninguém me faça descer à piscina, quando a água está agitada. Enquanto eu vou, outro desce primeiro do que eu.” Disse-lhe Jesus: “Levanta-te, toma. o teu leito, e anda!” E, no mesmo instante, ficou são aquele homem, tomou seu leito e começou a andar” (Jo 5 1-10).

Esta piscina em Jerusalém é uma figura que representa o sacramento da Confissão, destinado a curar, principalmente, as doenças da alma e ninguém poderá lamentar-se que falte alguém que o conduza às águas porque Jesus Cristo fez representante seu os sacerdotes, homens revestido de poderes necessários para perdoar as faltas. 

Isso nos prova a Bíblia quando Jesus disse aos apóstolos: Em verdade vos digo: Tudo o que ligardes sobre a terra, será ligado também no céu. Tudo o que desligardes sobre a terra será também desligado no céu (Mt 18, 18).

 

E se meus pecados forem muitos?

Uma vez, um pecador que tinha medo de confessar-se procurou São Francisco de Sales e pediu uma audiência. Ali lhe disse: Vim saber o que pensaria de mim se eu me atrevesse a narrar todos os meus pecados mortais.

O Santo lhe disse: O teria em conta de uma pessoa reta. Pois só os retos costumam confessar-se com sinceridade!

De fato, não há para um sacerdote virtuoso maior alegria do que ver e ouvir um pecador se acusar, com franqueza, seus pecados. No confessionário, devemos acusar nossas faltas com aquela franqueza com que o paralítico manifestou a Jesus Cristo sua miséria e pobreza e ali, no silêncio do tribunal da Penitência, nós pecadores e paralíticos, ouviremos ecoar de novo a pergunta consoladora do Divino Mestre: “Queres ficar curado?” E então, depois de perdoados, ouviremos aquelas divinas palavras: “Levanta· te e anda! Teus pecados te são perdoados! Vai em paz”

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Devemos agradecer

O agradecimento a Deus é uma coisa maravilhosa. É uma flor cheia de perfume e de encanto. A fraqueza humana está inclinada a levantar ao céu cem vezes as mãos para pedir, infelizmente rara vezes as junta para rezar e agradecer. O pecador que ficou perdoado de suas culpas, tem obrigação de agradecer.

O general Naaman, após ter sido curado da lepra nas águas do rio Jordão, aonde tinha ido lavar-se por ordem do profeta Eliseu, quis mostrar-se grato e dar uma oferta em reconhecimento ao homem de Deus ( 4 Rs 5, ,;15 e 16)·

Por acaso a alma em estado de pecado não estava como que coberta de lepra? Deus não se compadeceu dela com um amor infinito, purificando-a e perfumando-a com a Graça? É nossa obrigação agradecermos.

Não esqueçamos, enfim, de agradecer a Maria Santíssima, o refúgio dos pecadores, o auxílio dos cristãos, que com suas súplicas maternais não cessa de afastar dos delinquentes a espada da cólera divina.

Maria e a confissão

Os povos orientais possuem, entre outros, dois interessantes provérbios.

“A mãe é capaz de salvar o filho da boca do leão”. Realmente, pelo pecado mortal nos encontramos, nas presas do leão infernal (1 Pd 5, 8). Se nos é possível escapar de suas mandíbulas, certamente é por especial intercessão do Auxílio dos cristãos, do Refúgio dos pecadores, daquela que, por sua imaculada conceição, esmagou a cabeça do dragão infernal! …

“A mãe é capaz de retirar o filho das profundezas do mar”. Quando nos debatemos no meio das ondas agitadas do naufrágio espiritual, quem nos conduz, por sua valiosa intercessão, alcançando o perdão divino, e o porto seguro da reconciliação é nossa  excelsa Estrela do Mar.

De fato, devemos agradecer a Nossa Senhora e pedir a todo momento que nunca pereçamos no naufrágio do pecado mortal e, na hora da morte, transponhamos, felizes, o limiar da eternidade e, no céu, possas bendizer, para sempre, as misericórdias de Deus e as glórias de Maria, Estrela do Mar.

〰〰〰 * * * 〰〰〰

Não podemos ir para a confissão de qualquer jeito, com a consciência despreparada, com outras preocupações ou olhando mais para o pecado dos outros do que para nós mesmos. Antes devemos fazer um bom exame de consciência. Aqui você encontra uma lista de perguntas que devemos fazer para nós mesmos com o objetivo de lembrar dos pecados que precisam ser confessados, mas você mesmo pode acrescentar outras perguntas relacionadas com a sua vida, com a sua realidade, para tornar o seu exame de consciência mais completo.

Exame de Consciência

Ruptura com Deus:

  • Amo na verdade a Deus com todo meu coração ou vivo mais apegado às coisas materiais?
  • Preocupei-me por renovar minha fé cristã através da oração, a participação ativa e atenta da missa dominical, a leitura da Palavra de Deus, etc.? Guardo os domingos e dias de festa da Igreja? Cumpri com o preceito anual da confissão e a comunhão pascal?
  • Tenho uma relação de confiança e amizade com Deus, ou cumpro somente com ritos externos?
  • Professei sempre, com vigor e sem temores minha fé em Deus? manifestei minha condição de cristão na vida pública e privada?
  • Ofereço ao Senhor meus trabalhos e alegrias? Recorro a Ele constantemente, ou só o busco quando o necessito?
  • Tenho consciência do respeito e do amor para o nome de Deus ou lhe ofendo com blasfêmias, falsos juramentos ou usando seu nome em vão?
  • Sou soberbo e vaidoso? Considero-me superior a outros?
  • Procuro aparentar algo que não sou para ser valorizado por outros? Aceito a mim mesmo, ou vivo na mentira e no engano? Sou escravo de meus complexos?
  • Que uso tenho feito do tempo e dos talentos que Deus me deu? Me esforço por superar os vícios e inclinações más como a preguiça, a avareza, a gula, a bebida, a droga?
  • Caí na luxúria com palavra e pensamentos impuros, com desejos ou ações impuras?
  • Caí na fornicação ou cometi adultério?
  • Recorri a métodos artificiais para o controle da natalidade?

Ruptura com os irmãos e com a criação:

  • Amo de coração o meu próximo como a mim mesmo e como o Senhor Jesus me pede que o ame?
  • Em minha família colaboro em criar um clima de reconciliação com paciência e espírito de serviço?
  • Fui obediente a meus pais, prestando-lhes respeito e ajuda em todo momento?
  • Preocupo-me em educar na vida cristã meus filhos e em incentivar seu compromisso de vida com o Senhor Jesus?
  • Abusei que meus irmãos mais fracos, usando-os para meus fins?
  • Insultei meu próximo? Escandalizei-o gravemente com palavras ou com ações?
  • Se me ofenderam, sei perdoar, ou guardo rancor e desejo de vingança? Compartilho meus bens e meu tempo com os mais pobres, ou sou egoísta e indiferente à dor de outros?
  • Participo das obras de evangelização da Igreja?
  • Me preocupo pelo bem e a prosperidade da comunidade humana em que vivo ou passo a vida preocupado tão somente comigo mesmo? Cumpri com consciência meus deveres cívicos? Paguei meus tributos?
  • Sou invejoso? Sou fofoqueiro e enganador? Difamei ou caluniei alguém? Violei segredos? Fiz julgamentos temerários sobre outros?
  • Sou mentiroso?
  • Causei algum dano físico ou moral a outros? Inimizei-me com ódios, ofensas ou brigas com meu próximo? fui violento?
  • Procurei ou induzi ao aborto?
  • Fui honesto em meu trabalho? Roubei? Fui justo na relação com meus subordinados tratando-os como eu gostaria de ser tratado por eles? Participei do negócio ou consumo de droga? Caí na fraude ou estelionato?
  • Recebi dinheiro ilícito?

Exame de consciência a partir dos 10 Mandamentos

Amará a Deus sobre todas as coisas. (Primeiro mandamento)

Não tomará o nome de Deus em vão. (Segundo Mandamento)

  • amei a Deus acima de tudo?
  • A quem (ou o que) dei a maior atenção?
  • Sei na prática o que é confiar no amor e o poder de Deus?
  • Confio tudo a Deus ou quero fazer tudo eu sozinho?
  • Confio em Deus quando tudo parece ir mal?
  • Caí na superstição ou em outra prática religiosa alheia à doutrina cristã?
  • Como foi diariamente minha vida de oração?
  • Tempo pessoal com Deus; liturgia das horas; oração familiar?
  • Louvei a Deus; dei-lhe graças ou me queixei?
  • Intercedo por minha família, grupo, Igreja, pelo mundo?
  • Orei com o coração, aberto ao Espírito Santo?
  • Sei o que é esperar no Senhor, escutá-lo? Tenho feito isso?
  • Quando me dá algum ensinamento eu o guardo em meu coração e procuro aprofundá-lo?
  • Incluo meu esposo/a (ou outra pessoa formada e prudente) em meu discernimento ou só lhes informo de minhas decisões?; Escuto, obedeço e respeito aos que têm legitima autoridade sobre mim (leis justas, chefes, etc.)?
  • Que critérios tenho para determinar se algo que quero fazer é do Espírito Santo ou é meu? Parece-me importante ter e seguir sempre esses critérios?
  • Uso os dons que Deus me deu para sua glória?
  • Estou aberto a receber novos dons segundo Deus disponha?
  • Fui legalista (fazendo sozinho o necessário para cumprir) ou vivo minha fé no Espírito me entregando com todo o coração?
  • Procuro conhecer na oração a vontade de Deus para minha vida?
  • Obedeço o ensino do magistério ou interpreto à minha maneira?
  • O que motiva minha vida, a vontade de Deus ou meus próprios “bons” planos (minha vontade)?
  • Permito que Deus me guie ou lhe “entrego” os planos já feitos para que os abençoe?
  • Meus gostos, critérios, dúvidas, confusões, pensamentos, atitudes e valores, em que instâncias não estiveram sob o Senhor?
  • Meu tempo responde às prioridades de Deus ou às pressões de qualquer pessoa ou ocasião para `ficar bem’?
  • Interpreto o que faço na perspectiva da vida eterna? Reflito sobre minha morte, sobre o julgamento final?
  • Tenho prioridades claras e sou firme para vivê-las? Perco o tempo (revistas, programas, etc.) que não edificam?
  • Tenho um horário e organizo o dia com disciplina, dando tempo a cada área com sabedoria: oração, família, trabalho…? Em que me desordenei? Fico em algo que eu gosto sabendo que é hora de fazer outra coisa?
  • Respeito o tempo e necessidades dos outros: quando procuro ajuda, ao telefone, etc..?
  • Cuido da saúde, tenho algum vício, falta de exercício, descanso, alimentação… Cuido-me muito?

Santificará o dia do Senhor (Terceiro Mandamento)

  • Guardo o dia do Senhor para o Senhor ou trabalho desnecessariamente nesse dia?
  • Vou à missa todos os domingos? Adorei e pus todo meu coração em Cristo Eucarístico que me espera no sacrário?
  • Eu o amei e consolei pelo tanto que é ofendido?
  • Vou a missa diária se puder? Recebi com preparação o Senhor?
  • Medito diante da cruz? Procuro seu poder transformador e sua sabedoria como se manifesta em minha vida?
  • Peço a Deus a graça de amar a cruz?
  • Saí da vontade de Deus para evitar a cruz?
  • Uno minha cruz à de Cristo: problemas, doenças, responsabilidades, pessoas, minha idade, minha vocação?
  • Procuro a satisfação de todas minhas necessidades físicas e emocionais ou sei me mortificar por amor a Jesus?
  • Uno-me à cruz de quem sofre? Sacrifico-me para amar?
  • Rejeito o pecado embora este seja aceitável segundo a cultura? Pensei ou atuei levianamente que a retidão dos Santos é “exagero”?
  • Evitei a ocasião de pecado: ambientes, programas, más amizades…?
  • Procuro que Deus me mostre meu pecado (também pecados velhos e esquecidos)?
  • Reconheço e reparo com responsabilidade meus pecados e faltas ou me justifico?
  • Quando me corrigem, fico agradecido?
  • Quando foi minha última confissão? Minimizei o pecado por pena?; houve mudanças?
  • Fiz uma confissão completa ou escondi algo?
  • Há algo (hábito, ferida, complexo) que o inimigo usa para seu proveito? O que faço para permitir que Deus me liberte?
  • Devo me reconciliar com alguém e não o tenho feito? Tenho consciência disso?
  • Consagrei a Maria e, se o tiver feito, vivo minha consagração plenamente? Como?
  • Aceito seu cuidado maternal? Deixo-me formar por ela? Como?
  • Recorro a ela em oração, medito sua vida?
  • Estão todas minhas relações à luz do Senhor: amorosas, castas, sãos e sinceras?
  • Guardo ódios ou inimizades?
  • Fui fiel aos compromissos com meus irmãos e com outros? Estou crescendo nestes compromissos?
  • Sou confiável no lar, grupo, trabalho…? Cumpro minhas promessas, compromissos?
  • Procuro a unidade no Senhor?
  • Sou serviçal?
  • Tenho atenção sem ser curioso?
  • Sou prudente no que falo e como atuo?
  • Tenho gratidão pelo serviço de rotina que recebo?

Honrará a teu pai e tua mãe (Quarto mandamento)

  • Obedeço, cuido e honro meus pais segundo minha idade e suas necessidades?
  • Fico de cara feia?
  • Protejo minha casa e os meus das más influências do ambiente? Como?
  • Manipulo com meus estados de ânimo e aborrecimentos para que se faça o que quero?
  • Permito que outros (pais, amigos) manipulem ou se anteponham ao matrimônio?
  • Honro e respeito a meu esposo/a em todo momento?
  • Compartilhei com meu esposo/a a visão para a família? O escuto com interesse?
  • Expresso amor, carinho e respeito a meu esposo/a? E a meus filhos?
  • Detecto os problemas e os enfrento com sabedoria?
  • Que medidas tomo para que minha casa seja um lar?
  • Sou responsável e ordenado com a economia? Ajudo-lhes para que possam orar, estudar, descansar, ir a seu grupo, cumprir suas responsabilidades?

Não matarás. (Quinto Mandamento)

  • De algum modo matei ou atentei contra a vida?
  • atentei contra a dignidade de alguém?
  • Pratiquei o aborto, colaborei para um suicídio ou algum outro tipo de atentado à integridade física e espiritual de alguém?
  • Dei apoio a práticas contra a vida como o aborto e a eutanásia?

Não cometerás adultério. (Sexto Mandamento)

  • Procurei afetividade fora da ordem do Senhor?
  • Como distingo entre sentimentalismo e uma autêntica relação de amor entre irmãos?
  • Me relaciono segundo meu estado de ânimo ou o que edifica no amor?
  • Fantasias ou atos impuros, comigo mesmo ou com outros?
  • Piadas, programas, atitude sedutora, indecência em vestir?
  • Obedeço ao plano de Deus para a sexualidade em meu estado de vida?

Não roubarás. (Sétimo Mandamento)

  • De algum modo roubei?
  • Descuidei-me da propriedade pública ou alheia?
  • Aproveito-me do meu de posto para benefício pessoal?
  • Deixei de devolver algo ou me aproveitei da ingenuidade de outros para o meu proveito?

Não levantarás falsos testemunhos nem mentirás (Oitavo Mandamento)

  • Quem inspira minhas palavras: Deus ou meu ego? Quis dar minha opinião em tudo?
  • Digo a verdade? Revelei segredos, julguei ou fiz fofocas?
  • Queixei-me procurando comiseração ou desafogo?
  • Pus minha atenção ao indevido?
  • Falei o que não edifica: piadas grosseiras, que ferem a alguma raça, nacionalidade, etc.?

Não desejarás a mulher do próximo (Nono Mandamento)

  • Cobicei a mulher ou o marido de meu próximo?
  • Olhei a um homem a uma mulher de maneira impura?

Não cobiçarás os bens alheios (Décimo Mandamento)

  • Desejei os bens alheios?
  • Fui invejoso?
  • Fui avaro?
  • Comi mais do que necessito?
  • Fui orgulhoso

Ao terminar seu exame de consciência, sempre anotando aquilo que precisa ser confessado, faça as suas resoluções por escrito, procurando sempre as reparações necessárias para cada pecado.

Rodrigo

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